Troquei o amor pela comida
Quem gosta do que lhe é incómodo?
Doença!
Embarrei meu coração algures
Encontro-o nenhures
Pode crer, camarada
Está tudo bem melhor assim
A vida é jovem
Não morre por nada
Existimos para muito mais
Não para a ignorância
Para ser escumalha
Homens a padecer
Sente falta
Mas tem a lata da recusa
Humilha a possibilidade do retorno
Do tão esperado arranjo
Que idiota és tu?
Quer continuar com os olhos fechados
Braços atados, pés acorrentados
A boca plastificada, tudo ironicamente
Porque mentir-se é mais belo?
Não!
Pense na felicidade
Feche as torneiras dos caprichos febris
E em vez de amores, por que não perseguir cardápios?
Deixe de achar que não é livre
Liberte-se!
Saia dessas mãos que só lhe querem usar
Os lábios não sorriem mais para si
A ementa sim
Covarde!
Vai morrer à fome
Se continuar à espera das mensagens
Que nunca vão chegar
Que só lhe vão matar
Deixe a paixão onde está
E sirva mais um prato de comida.
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