| Bazaste |
| Widralino |
|
No princípio
Era amor
O amor estava connosco
O amor era nosso
O amor era nós
Até que um dia
Te foste
Levando todo o indivisível
Nossas núvens matinais
Nossos céus do meio-dia
Nossas luas estreladas
Aves que vimos nascer
Mares que navegados
Levaram-nos para longe
Com velas que apontavam meteoros
De desfazer nossas tristezas
No terreno da depressão
O céu fechou-se
Veio a seca
Chuva de tempo cru caiu
Minhas roupas se rasgaram
A fome me vestiu
Fiquei apenas eu
Num buraco sempre a descer
E esse amor que prometeste
Nunca fazer desaparecer.
|
Biografia:
Sou um guardião do alheio, procuro por mim mesmo desde sempre... |
| Número de vezes que este texto foi lido: 52828 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 31 até 40 de um total de 47.
|
