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E MAIS VIDA POR AI
PAULO FOG
ricardo fog

Resumo:
BOM


           AS FASES DA VIDA OU DE UMA VIDA - Alguns falam do infortúnio, eu ainda não o sei, o que sei é que tive uma infância quase normal como a dos outros porém em determinados momentos me vi diante a certas escolhas, uma delas o fato de ver meus pais se acabarem com a tal união matrimonial que tive, desde o principio para mim fadada ao nada.
    Era uma noite após mais uma explosão repentina de meu pai, tv desligada e todos para a cama.
    Minha irmã já estava casada, também fadada ao fracasso já que por inúmeras vezes dizia não gostar do esposo e que só havia casado para se livrar de casa e de todos nós.
    Pois é, agora entendo a força que a palavra possui, mais de volta ao fato, já se passara das 21 horas eu já havia pego no sono quando ouço um barulho de gemido, mais daqueles de pavor, terror.
    Vinham da cozinha, nossa casa era parte em madeira, quartos, copa, sala e a cozinha tomava conta da largura da casa, uma varanda grande vinha ao lado desta até o muro limite e outra menor na frente da casa.
    A primeira parte da casa era coberta por telhas francesas e a cozinha com telhas de amianto, nosso banheiro era bem grande de laje e suportava uma caixa de reserva para água com capacidade para 1000 litros.
    Acordei meio sonolento ainda a ouvir aquele barulho, fui meio balançando para a copa, ai aquilo se tornava maior, quando cheguei na porta de acesso a cozinha, ali entre a pia de lavar a louça e o fogão DAKO azul e branco de ferro, meu pai estrangulava minha mãe.
    - Pai largue minha mãe agora, o que esta fazendo, vai mata-la.
    Graças a Deus, a Virgem e a tudo que acredito fui um garoto sem muitas oportunidades, a vida me afastou destas, tipo me retirou muitas coisas, porém acho, como forma de indenização me dera uma voz ardida, fina de altissima potência, com certeza aquilo que eu disse fora ouvido há vários quarteirões.
    Certa vez uma vizinha que sempre levava roupas para minha mãe consertar e panos para costurar novas peças disse para ela.
    - Olhe em casa, sabemos da hora por meio de seu garoto.
    - Como assim?
    - Ele chega gritando da escola que a gente ja nem olha mais para o relógio.
    Nem preciso falar que minha mãe quase desfaleceu diante aquela conversa, sim ela explodiu em vergonha, mais fazer o quê eu era realmente conhecido por este detalhe peculiar e outros também.
    Meu pai aliviou as mãos, minha mãe aproveitara e lançara a panela de arroz que estava ao fim do cozimento nele.
    - Esta louca.
    - Nunca mais toque em mim.
    Eu ali aos choros, ele me olha com um ódio tremendo.
    - Vai para o teu quarto.
    - Não vou, só quando minha mãe for.
    - Quer apanhar?
    Juro senti minhas nádegas arderem, por que meu pai, branco, alto, herdeiro de DNA italiano, porém nascido no estado de Minas Gerais, tinha e tem mãos pesadissimas.
    - Não vou. Gritei cabisbaixo.
    - Pode ir meu filho, ele não vai mais se meter comigo, nunca mais.
    - Tem certeza mãe?
    - Vai meu querido.
    Ali vi uma cena que me fez criar um senso sobre a vida familiar, minha mãe em respiração ofegante com uma faca na mão.
    Qualquer outro garoto ficaria em choque ao ver uma cena daquelas, eu não, tive sim foi é orgulho de minha mãe, uma mulher que ainda jovem deixou seu estado do Paraná, veio para o estado de São Paulo, conheceu meu pai, se casou com ele para poder sair das casa de famílias onde trabalhara, mais nunca o mentiu casou-se sem amor.
    Meu pai, home forte destemido, meu herói por várias vezes, trabalhador, pai, deixou a família em Minas Gerais sabe Deus o por que e saiu á procura de trabalho por este nosso Brasil.
    Passou por Rio de Janeiro e São Paulo capital e veio parar aqui, trabalhando nas serrarias da época e logo fora posto em embarcações de toras de madeiras.
    Foi num desses barcos que ele certa vez fora lesionado com grandes pilastras de madeira na costela.
    Hoje homem aposentado, de certa idade avançada mora com outra mulher e outra família ainda traz naquele par de olhos azuis a lembrança de um pai mais também em certas ocasiões um quase carrasco.

    08122017 ................
    



        DESDE CRIANÇA - Demonstrei um certo tato por trabalhos domésticos, isso fez com que em casa minha vida se tornasse um certo mar de lutas.
   Minha irmã, mais velha, para lá de 10 anos diferença, criava piadas e anedotas das piores a meu respeito.
   Assumo, sempre tive um lado feminino mais aflorado.
   Gostava de ver as mulheres se amquiarem e usarem aqueles vestidos que minha mãe confeccionava.
   Meu pai fazia de conta não ver nada, até que começaram os comentários.
   Certa vez em um trabalho dele ao qual fui seu auxiliar, a vizinha do serviço fez uma certa amizade comigo, entre papos e outros me jogou a pergunta que me causou calafrios.
   Você gosta de meninas ou meninos?
   Demorei muito para responder e quando disse que de meninas, casa, nem a mim fez acreditar.
   Depois disso ela falava com o seu marido e me olhava de um jeito diferente, ela tinha 2 filhos, um casal, deixava que eu brincasse com eles até que um dia numa dessas brincadeiras resolvemos brincar de super heróis, eu logo quis ser o vilão mais a mãe dos garotos fez minha cabeça para ser a vilã.
   Não deu outra entre gritos e ataques de lasers me soltei e realizei um sonho.
   Ela da janela de sua casa olhava aquilo quando seu esposo chegou mostrou a ele meus gestos ali naquele monte de areia e o cara disse que não queria ver seus filhos brincando com um viadinho.
   Aquilo me cortou, não foi o primeiro ato de crueldade que eu já havia sido vitimado porém foi algo que me marcou, feriu e me causou grandes danos.
   No outro dia, ela me chamou e disse que eu poderia brincar com seus filhos mais não poderia na hora de almoço e quando seu marido viesse do trabalho.
   Lhe disse que tudo bem, porém meu coração já estava grandemente magoado com tudo aquilo, resolvi me afastar deles.
   Ja perto de meu pai entregar o serviço, o marido daquela mulher fez em diálogo a meu pai o pedido de deixar que eu brincasse com os filhos dele.
   Fiz de tudo para não aceitar, porém fui vencido por meu pai.
   Brincamos, eu ali travado quis terminar com todas as brincadeiras e chances de alegria, eu sentia que de certa forma aquilo não iria acabar bem.
   Certo momento a menina me pediu que brincassemos de heróis, senti um calafrio na minha espinha mais por fim aceitei.
   Aceitei e brincamos ali no monte de areia, quando em certo momento olho para um pé de manga ali embaixo, meu pai e o pai das crianças.
   Ele veio até mim e num safanão me trouxe para si daí em diante ele me bateu muito e dizia coisas horríveis dentre estas que não havia criado filho viadinho, bixa.
   Apanhei muito dele ali mesmo, do outro lado eu vi a mulher com os filhos rindo de minha tragédia familiar, o homem me olhou com tanto ódio que depois cheguei a vomitar.
   Talvez seja estas e outras que me fizeram perder a esperança e o amor pelos meus semelhantes.

   16122017 ...................................

   





             NATAL, NATAL LEMBRA FESTAS E FESTAS, BEM - Isso já se fez em mais de 20 anos atrás.
    Ainda morávamos na rua Salvador quadra 13, foi ali que meu pai decidiu que tínhamos de nos mudar para uma hedícula de 2 quartos, cozinha e sala, banheiro, uma área enorme e um abacateiro frente e um pé de mangas depois.
    Com o tempo meu pai ganhara várias mudas de cítricos da prefeitura.
    Foi feito um lindo pomar de laranjas e limões.
    Mas indo a estória, certa vez mudou-se na casa da frente uma família bem peculiar.
    A mulher era um tanto problemática porém não causava danos, eu particularmente amava tomar café da tarde na casa dela.
    Fora os filhos homens, eles tinham além da maior que trabalhava em São Paulo, a caçula, minha amiga.
    Ali brincávamos de todas as brincadeiras, principalmente fazíamos bolinhos de lama e saladas com as folhas do jardim da casa, o que gerava uma revolta da dona dali.
    Nossa os bolinhso de chuva que D C fazia eram uma delicia de se degustar até dizer chega.
    Chegando perto dos 6 anos fora feita uma festa de aniversário para a caçula L.
    Coloquei a melhor roupa que tinha, comprei o presente e fui, brincamos muito e tomei tanto suco e refri que fiquei com a barriga enorme.
    Lá pelas 7 da noite, resolveu-se cortar o bolo, todo enfeitado e rodeado por centenas de brigadeiros.
    Quando apagou-se a luz para cantarmos o tão inesquecível parabéns, começaram-se os furtos de brigadeiros.
    Eu fui o primeiro a denunciar e quando a luz fora acesa, nossa quase a metade fora tirado ás pressas por mãos ájeis e pequenas.
    A L, aniversariante abriu o maior berreiro e D C, sua mãe fez que cantássemos o parabéns com a luz ligada.
    Cara que delicia, ao fim descobriu-se que os furtos de brigadeiros se deram pela aniversariante e um vizinho da outra quadra de nome R.
    Gente só foi descoberto pois que ambos passaram o resto da noite com dor de barriga.
    Ah tempo maravilhoso, dias inigualáveis, sem pc, tablet, celular, só as brincadeiras de rua e a real boa amizade.

    20122017 .................................


Biografia:
escrevo para trazer a tona meus sentimentos anseios desventuras talvez.
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