A banalidade na política
tem o gosto amargo do féu.
O povo caminha sem rumo,
entre o inferno e o céu.
Sob risos irônicos
dos politicamente inatingíveis.
Quando vê brotar novamente
mais um ano eleitoral.
Chega a ficar, mais uma vez,
novamente preocupado.
Por achar que votando certo
estará votando errado.
Nessas, que se despem
de suas peles compromissadas.
Com as caras deslavadas,
deslavadas, deslavadas.
Que se dizem - sou do povo,
em mais um novo eldorado.
Como se tudo fosse apagado,
Num estado de amnésia.
Com sorrisos abertos e largos,
tentando ludibriar e enganar.
À frente dos holofotes midiáticos,
Por tudo o que fizeram.
Fizeram nada, nada, nada.
Sinto nojo novamente.
Dessas velhas cúpulas
de ovelhas desgarradas.
Politicamente incorretos
que tentam ao povo enganar.
Com suas caras enlameadas,
Cinicamente sem compromissos;
Com seus gestos omissos;
pleiteando novamente o cargo de ofício.
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