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Espaço das coisas mortas
Aníbal Benévolo Bonorino


Da vida,
Restou a árvore despida;
Da ilusão,
A flor que murchou.
E quantas pétalas caíram
Como estrelas que se apagam,
sem que alguém gritasse:
- Não !

“É outono” - diz a ave
Em despedida.
E o tempo arrasta
Um mundo frio
Pelas poeiras,
Pelo vazio.

Em vão, dissemos palavras
Contra o silêncio
De nossas almas,
Que permaneceram mudas.
Em vão, plantamos promessas
De encontrar o sol
Num amanhã
Que nunca veio.

Restou ausência,
Ficou saudade,
Tingindo de folhas,
Os caminhos nossos,
Para apagar a incerteza
De nossos rumos.

...E não tangem sinos
Por tantas mortes,
Nem se ouvem preces
De religião nenhuma.
O mar, então, se evapora
Na seca das lágrimas
Que não choramos
............................................

Os ventos correm,
As flores morrem...
Não há mais nada,
Além do outono
Pela estrada.

Set/1965




Este texto é administrado por: ANIBAL BENEVOLO BONORINO
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