Toda vez que um vai, outro vem,
demora um pouco, quase uma eternidade,
mas sempre aparece um outro alguém
falando em sonhos e trazendo felicidade...
Corre-se a varrer as dependências da casa,
uma mão de tinta no coração desgastado,
pedaço de arame para consertar a quebrada asa,
cera no chão carcomido, jardim todo aparado...
No começo há uma desconfiança natural,
será que sim, será que não, pode ser, será?,
no saco de lixo as mágoas varridas no quintal,
um vislumbre de recomeço, recomeçar a amar...
De repente acontece o que parecia nunca mais,
a mão toca a mão, o olhar entra olhar adentro,
as flores espalham perfume, (só um do sinais),
ponteiros quebrados, parado o inevitável tempo...
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