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O deus dos marimbondos
Uma fábula sobre crenças e fé
ROZILDA EUZEBIO COSTA

Resumo:
Como toda criatura tem a sua espécie e forma grupos de indivíduos partilhando de um mesmo meio social, seja homem, seja animal de qualquer espécie, os insetos também formam seus grupos e partilham de suas crenças de insetos.


Bem, essa é a história do marimbondo Dong.

Certa vez, na comunidade de Dong, faltou água, era preciso andar muito longe para encontrar água, pois não tinha nas redondezas. Estava muito difícil conseguir matar a sede por lá.

Dong e seu irmão de comunidade decidiram fazer uma varredura na região para ver se encontravam água para beber. Tão logo encontrassem, correriam a chamar todo o restante da comunidade de marimbondos para vir matar a sede.

Depois de muito voar, avistaram um objeto grande e branco. Os dois se aproximaram dele por curiosidade, e perceberam que, aquele objeto, tinha água em abundância. Desceram imediatamente. Era um tanque humano de lavar roupas, mas eles não sabiam nada sobre aquele objeto. Dong e seu irmão só queriam beber água, nada mais.

Dong e seu irmão, sedentos de água, começaram a beber água na borda, e Dong bebeu tanto, que ficou muito pesado e perdeu o equilíbrio, caindo na água.

Desesperado, começou a gritar e se debater na água:

- Irmão, me ajude! Estou me afogando! Me ajude a sair daqui! – e batia tanto suas asas que elas foram ficando muito fracas.

Por sua vez, o irmão olhava desesperado, mas não sabia como ajudar Dong, e a água estava levando-o cada vez mais para o meio do tanque. Dong lembrou-se de pedir ajuda ao deus dos marimbondos. Seu pai o ensinou desde pequeno que, os marimbondos tinham um deus protetor, então, Dong gritou:

- Onde você está deus dos marimbondos? Vem me socorrer, porque eu estou me afogando! Ajude-me, deus dos marimbondos!

Aquela criatura já estava perdendo suas forças e sua vida. Foi quando uma mulher se aproximou do tanque e viu aquele marimbondo se debatendo na água. A mulher se condoeu ao ver o marimbondo se afogando, sentiu muita pena dele e colocou a ponta de seu dedo na água, para que o marimbondo pudesse subir nele e se salvar. Naquele instante, Dong pensou que era o deus dos marimbondos que havia atendido o seu pedido de socorro. Subiu imediatamente no dorso daquele deus dos marimbondos e se deixou levar por ele. Dong foi colocado num lugar seco, onde havia sol, e logo as suas asas enxugaram e ele começou a recuperar as suas forças. Seu irmão veio voando ao seu encontro, estava abismado e assombrado. Ele também não estava entendendo o que tinha acontecido, mas sabia que somente um ser poderoso poderia ter tirado Dong daquele objeto enorme, cheio de água. Somente um ser poderoso poderia ter salvado Dong.

Ao se recuperar, Dong começou a relatar ao irmão o que tinha visto:

- Eu sei meu irmão, foi o deus dos marimbondos que me salvou! Eu o vi de perto! Eu o vi!

Dong estava eufórico, e seu irmão queria saber como era esse deus dos marimbondos, que forma ele tinha, porque não havia enxergado direito, havia visto apenas uma grande sombra, pois sua visão estava turvada pelo assombro de ver Dong se afogando e não poder fazer nada. Estava muito curioso pra saber, e perguntou ansioso:

- Diz Dong, como era ele de perto? – perguntou ao irmão. E continuando - como é o deus dos marimbondos Dong?

E Dong o descreveu com a visão que teve daquele deus que o salvou:

- Bem irmão, eu nunca vi uma coisa igual! Aquele deus não tinha asas como nós, nem olhos, nem boca, eu nem sei como ele me ouviu! Porque eu não vi orelhas nele! Se parecia com uma lagarta, você já viu uma lagarta, certo?

- Claro que já vi! – respondeu o irmão de Dong.

- Então, ele é diferente de nós! Mas eu notei que em seu dorso tinha pequenos montes. Eu pensei que o deus dos marimbondos fosse como nós, marimbondo também! Só que um marimbondo gigante, entende? Mas não, o deus dos marimbondos não é um marimbondo! Eu preciso contar isso ao meu pai, ele vai ficar muito surpreso com o que eu descobri.

E os dois marimbondos voaram de volta para casa. Agora Dong, em sua compreensão de marimbondo, tinha a sua visão de como era aquele deus que cuidava dos marimbondos.




Biografia:
Biografia ROZILDA EUZEBIO COSTA, nascida em 30 de setembro de 1969, natural da cidade de Araguaína – Tocantins BR, é escritora, poetisa, contista, pintora e desenhista autodidata. Autora das obras (romances), "Lágrimas Cristalinas" e "A Musa e o Poeta", publicados pela Editora Veloso, Gurupi-TO. Atualmente, colaboradora na Faculdade Católica Dom Orione (Araguaína-TO), trabalhando como Assistente de Coordenação do NEIC (Núcleo de Extensão e Iniciação Científica) e do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Autora das obras (publicação em formato e-book), "O Diário de Lia", "Despertando com os Pássaros", "Lucius", "Três Teresas", "Sandoval e Margarete (Um celular entre nós)", "O homem com um bigode na bochecha", "Um Cão apaixonado", "Por los Caminos, Flores y Espinas (coletânea de mensagens em espanhol)", "Bulindo com a mulher do próximo", "A Mulher do Texas" e "Do lixo ao glamour". Autora do e-book "Historinhas de Mãe Natureza", livro que traz uma coletânea de contos infantis de preservação do meio ambiente, enfatizando a importância do cuidado com a natureza. Autora das poesias "Cenários Sociais", e "Poema da Administração", ambas com índices bastante satisfatórios nas buscas para trabalhos escolares, e com grande destaque em trabalhos acadêmicos. Participação no Anuário de Poetas e Escritores do Estado de Tocantins, idealizado e lançado pela Editora Veloso, com iniciativa do escritor tocantinense, Eliosmar Veloso, Edições 2011, 2016 e 2019. Participação na Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea, "Além da Terra, Além do Céu", lançamento da Chiado Editora, Edições 2017 e 2018.
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