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Nada mais tenho de mim,
estou em todas as coisas à minha volta;
sei-me perto de incerto certo fim,
como se se endireitasse a estrada torta...
Quando passa seja quem for
lá vou eu, à reboque, outra vida viver;
será isso a constância do amor
ou aprendi a me perder?
Se levassem todas as coisas que já não possuo,
restaria a mim todo o mundo à minha volta;
sinto-me mar que avança e volta ao recuo,
casa infinita, sem chaves em todas as portas...
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