Abra a sua janela e olhe para cá:
há um homem caminhando, sozinho,
à procura de um lugar,
um cantinho,
onde possa por seus ovos de inteligência,
possa dar de mamar à ciência
da escrita que em si e fora cria,
verificar segundo a segundo
como estão os versos de sua poesia...
Se puder, faça,
senão feche a janela,
mesmo que pelas frestas a poesia
deste homem te procure e,
como fosse um ente querido,
entra e te abraça...
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