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Passo diante de tua casa
e sinto frio,
tenho vontade de entrar
e te dar um abraço,
de traçar um arco
de conciliação,
de dizermos frases
que só os humanos compreendem,
que estamos aqui como ponta da civilização...
Tenho vontade de doar um sorriso
como fazem os bonecos
quando querem
nos trazer de volta o juízo...
Ainda nem anoiteceu
e por detrás da cortina
vejo teu vulto cinza
me espiando,
sigo e subo
a ladeira e me pergunto:
até quando?
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