Havia sangue no chão
e muita gente
em volta,
murmúrios e diz-que-me-diz,
alvoroço,
uma poça,
um troço chamado agonia,
havia - sim - poesia
caída na calçada...
Seria um homem?
Um cão?
Um bebê?
Um cavalo?
Uma centopeia?
Um fauno?
Uma água-viva?
Um centauro?
Um só?
Uma multidão?
De relance vislumbrei,
pelo que sei,
uma face familiar,
era um coração ferido pelo desprezo
de quem não o queria amar...
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