E Lya escreveu:
"Nesse debate sobre perdas observei como lidamos mal com a dor dos outros. Em nossa cultura estar alegrinho e parecer feliz é quase um dever, uma questão de higiene, como tomar banho e estar perfumado.
Mas as vezes a gente tem de se permitir sofrer - ou permitir que o outro sofra".
"Que o outro saiba que estamos ali."
"Sofrimento, pobreza, doença, abandono, morte - são ameaças, corpos estranhos numa sociedade cujos lemas parecem ser:
agitar, curtir, não parar, não pensar, não sofrer.
A dor incomoda.
A quietude perturba."
- Infelizmente, a "perda das perdas, a morte" existe, e como escreve Lya:
"A morte não nos persegue: apenas espera, pois nós é que corremos para o colo dela".
- Brilhante quando ela escreve:
"Somos mais que corpo e ansiedade: somos mistério, o que nos torna maiores do que pensamos ser - maiores do que os nossos medos".
Concluo, a todos que viveram, vivem ou viverão perda de quem ama, vai meu abraço espiritual de conforto e compreensão solidária. Viva sua dor, não há como fugir, não há regras ou tempo para o luto de cada um. Vivê lo enquanto durar é o único caminho a ajeitar seu novo tempo com a ausencia de quem ama e partiu.
Agradecida a autora LYA LUFT, recomendo seu livro PERDAS & GANHOS.
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