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Glória e Desonra
Calvino

“Por glória e por desonra.” (2 Co 6.8)

Esta não é uma pequena prova para um homem suportar, pois não há nada mais difícil para uma pessoa de caráter consistente do que incorrer em desprestígio. Da história podemos divisar que houve poucos homens de espírito heróico que não se desmoronaram ao serem atingidos pelos insultos. Portanto, este é um sinal de um espírito bem estabelecido na virtude - não desviar-se de seus propósitos, sempre que se incorra em desventura vexatória. Esta é uma raríssima excelência, e sem ela um homem não pode provar a si mesmo que é um servo de Deus. Indubitavelmente, devemos ter em estima o nosso próprio bom nome, todavia só ao ponto em que tal coisa é consistente com a edificação de nosso irmão, e não com a extensão da influência causada pelos rumores que podem circular contra nós, pois devemos antes conservar o mesmo curso imperturbavelmente, quer quando honrados, quer quando desonrados.

Porque Deus permite sermos provados ainda mesmo pela maldição de pessoas ímpias para provar se estamos andando em retidão, e se porventura não somos servos de homens, pois aquele que é desviado de seu dever, pela maldade dos homens, apenas prova que não tem olhado tão-somente para Deus. Assim, pois, percebemos como Paulo estava sempre exposto à infâmia e aos insultos, todavia não se desvanecia ante qualquer um deles, mas prosseguia em frente movido por inusitada coragem, rompendo todos os obstáculos a fim de atingir o alvo; portanto, que não nos desanimemos se as mesmas coisas vierem ao nosso encontro.

Como enganadores. Paulo, aqui, não está falando meramente do que os ímpios do lado de fora pensavam dele, senão que está reportando a acusações que se moviam contra ele dentro da igreja. Qualquer um pode ver, aqui, a atitude indigna de ingratidão a que os coríntios caíram, e a que gigantescas lutas um homem valente como Paulo enfrentava contra obstáculos tão formidáveis. Ele repele de forma veemente, ainda que indiretamente, as acusações equivocadas de seus oponentes, ao dizer que vivia e se alegrava mesmo que o desprezassem como se estivesse morto e vencido pelo desânimo. Ele os reprova novamente por sua ingratidão ao afirmar que, quando era desprezado por ser pobre, ele lutava para que muitos se tornassem ricos. Viviam entre os coríntios muitos que tinham sido enriquecidos pelas riquezas de Paulo, e de fato cada um deles estava obrigado de várias formas para com ele. Paulo dizia com a mesma ironia de sempre que era desconhecido, quando o fruto de seu trabalho era muitíssimo conhecido e famoso por toda parte. Que ato cruel é desprezar a pobreza de alguém que nos supre de sua própria abundância! Naturalmente que ele está falando de riquezas espirituais, as quais precisam ser consideradas como sendo muito mais preciosas que as riquezas terrenas.

Por João Calvino

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