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EVA MODERNA DECIDINDO
EMPRESA OU FILHOS?
Rubemar Costa Alves

ELAS não estão andando para trás, não regrediram.
          As lutas pelo feminismo, jamais fracassadas em totalidade, tiveram muitas fases desde EVA. Maior entusiasmo nos anos 60. Relativo esfriamento a partir de 2005 (para não dizer a década inteira pois não foi embruxamento na 12ª badalada)... Apesar de muitas lutas, nunca pé de igualdade no campo de trabalho entre homens e mulheres (no mundo, somente 17 países governados por mulheres): funções relativamente iguais, salários delas menores que os deles. Desde a infância, menino é “líder, vencedor, alfa”, menina é “mandona, pejorativamente machona, ômega”. Mas quem é a matriz de todos nós, quem nos dá a vida?
          Além disso, chega em casa exausta e ainda tem que organizar alimentação para a noite ou o dia seguinte, ‘despachar’ - como presidenta - junto aos ministros-mirins... Marido? Único momento em que aprova o sofá: “Gol do São Paulo!!! Querida, fez bolo de abacaxi?”      
           Ocorre uma tendência norte-americana e, como todo mundo sabe, “pinto valente pia, o mundo copia” (inventei um provérbio!) - no supra sumo da carreira, a mulher larga o mundo do trabalho e passa a cuidar de mamadeiras e fraldas dentro de casa. Não vou discutir a validade, a ‘valitude’, a valentia, mas que está acontecendo, está.
          Trabalho/rua = família/casa ou trabalho X família? Conflito angustiante a (tentar) resolver: abandonar o diploma levaria a um estado de culpa? E quanto aos filhos, culpa maior? E a autoestima como fica?       
          Há empresas - machistas? patriarcais? - onde produtividade e filhos são filosofias antagônicas a pista da ficha cadastral para proposta de emprego. (Ih, não vou ‘muito longe’ - homem separado ou divorciado também não é bem visto e é obrigado a negar, mentir, horrível preconceito em pleno século XXI.)
          Assim, nós temos as mães desempregadas porque têm filhos e as que se desempregam após terem filhos.
          Taí, em pensamento voltei a um tempo remotíssimo, década de 40, certo? Franco analfabetismo e nem sabiam o que era uma causa feminista. Precisavam trabalhar fora e pronto!   Não existiam ainda creches nas empresas e em determinada grande fábrica de cigarros, no Rio de Janeiro, uma funcionária pediu ao chefe inglês, entre uma e outra cachimbada, a desocupação de uma sala de entulhos inúteis e criou um espaço onde as mães deixavam seus bebezinhos sobre acolchoados de jornal velho - umas davam o peito na hora certa ou as mulheres da cozinha preparavam mamadeiras. Mães trabalhadeiras, amorosas, bebês felizes.
FONTE (de inspiração):
“Pós-feminismo ou retrocesso?” - Revista MARIE CLAIRE, SP, agosto/2013.

                  F I M







Biografia:
PARVUS IN MUNDUS EST. (O MUNDO É PEQUENO DENTRO DE UM LIVRO) Ser dedicado, paciente, ousado, crítico, desafiador e sobretudo enlighned são adjetivos de um homem cosmopolita que gostaria de viver mais duzentos, ou quem sabe trezentos anos para continuar aprendendo e ensinando. Muitos de nós acreditam que uma vida de setenta, oitenta anos é muito longa, contudo refuto esse pensamento, pois estas pessoas não sabem do que estão falando. Sempre é tempo de aprender, esquadrinhar opiniões, defender, contestar ou apoiar teses, seguir uma corrente filosófica (no meu caso, a corrente kantiana), não necessariamente crer num ser superior, mas admirar e respeitar quem acredita nele. Entender a diversidade de costumes e culturas denominados de forma polissêmica nas diferentes partes do mundo, falar um ou dois idiomas, se perguntar o porquê e tentar encontrar respostas para as guerras, a segregação racial, as diferenças étnicas, o fanatismo religioso, o avanço tecnológico, o entendimento político. Enfim, apenas estes temas já levaria uma vida para se ter uma compreensão média. A leitura é o oráculo para estas informações, é ela que torna o mundo cada vez menor capaz de se acomodar nas páginas de um livro. É por isso que se diz que não há fronteiras para quem lê. Atualmente as pessoas confundem Balzac com anti-inflamatório, Borges com azeite, Camilo Castelo Branco com rodovia estadual, Lima Barreto com laranja de determinado município paulista, Aristóteles com marca de carro e por aí vai. Embora, eu tenha dissertado sobre o conhecimento culto, os meus trabalhos publicados aqui demonstram o dia a dia das pessoas comuns narrados através de divertidas e curiosas estórias. Meu público alvo são as mulheres. É para elas que escrevo, pois são elas possuidoras de sensibilidade capaz de entender o conteúdo do meu trabalho.
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