Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
ÁLCOOL E DROGAS
ÁLCOOL E DROGAS
Ismael Monteiro

Resumo:
Conhecer o que diz a lei sobre o álcool e as drogas.






O objetivo deste artigo é o de conhecer o que diz a lei sobre o álcool e as drogas. Para isso, em um primeiro momento foram apresentados os principais efeitos do álcool no indivíduo, para num segundo momento, serem analisados os efeitos das drogas. Também foi analisado o que diz a lei sobre o combate e prevenção ao consumo de álcool e drogas, através da qual foi possível avaliar como está ocorrendo a tutela jurídica.
Palavras-chave: álcool; consumo; drogas; indivíduo; leis.



1 INTRODUÇÃO

     Há indícios que o homem, desde os primórdios, procurou o álcool e as drogas para enfrentar as próprias limitações e vicissitudes da vida.
     O álcool e as drogas são temas de maior relevância em matéria de prevenção e organização de estratégias que promovam o resgate do indivíduo que utiliza esses produtos.
     A tutela do direito a esses problemas não poderia se furtar e, por isso, existem algumas leis que bem caracterizam os viciados em drogas e álcool. Conhecer o que diz a lei sobre o álcool e as drogas é o objetivo deste artigo, iniciando com uma breve abordagem dos efeitos do álcool e das drogas no ser humano.

2 ÁLCOOL

     O álcool é considerado uma droga que faz muito mal à saúde e liberada a maiores de dezoito anos. O uso frequente do álcool pode evoluir para o uso abusivo e para o quadro de dependência, o qual acontece forma tão sutil que nem os indivíduos envolvidos, nem os que os cercam, percebem o fato.
     O alcoolismo pode provocar no paciente uma série de perturbações, terminando por configurar um perfil anormal não psicótico, ou mais precisamente uma personalidade alcoolista.
     Pode-se evidenciar nos pacientes: tremores das mãos, ventre aumentado, insegurança na marcha, congestão das conjuntivas, vermelhidão da face, entre outros sintomas. A intoxicação alcoólica crônica acarreta distúrbios metabólicos que determinam fenômenos de natureza degenerativa, afetando os nervos periféricos e em consequência, sinais de polineurite que é o comprometimento de vários neurônios periféricos por um processo degenerativo, segundo França (2008,p. l8).
     Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o alcoolismo corresponde à quarta causa de morte entre homens de 20 a 40 por ser o causador direto de acidentes, suicídios, homicídios e cirrose hepática. É responsável também, por 18 a 75% dos acidentes de trânsito. No Brasil, é a terceira causa de absenteísmo no trabalho no Brasil, conforme Afornali e Araújo (2007, p. 35).
     Por isso, o consumo exagerado de álcool pode gerar um comportamento de risco e até, gerar uma doença. Por causa dos problemas alcoólicos, ocorrem faltas injustificadas no trabalho.
O vício do álcool é progressivo, incurável, fatal, mas passível de tratamento. Afornali e Araújo (2007, p. 35) mostram que a família do alcoolista é a que mais sofre pela relação com o usuário, pois entra num processo chamado de co-dependência que é mantenedor dos comportamentos do usuário. Quanto mais íntimo for o relacionamento entre o alcoolizado e sua família, esse será mais destrutivo e perverso para ambas as partes. Para os profissionais de saúde é comum a referência aos dependentes e aos familiares do paciente alcoólico, que não bebem, porque também têm na maioria das vezes comportamentos similares ao do alcoolatra.

3 AS DROGAS

     A droga tem maior incidência nos centros urbanos, especialmente na juventude, na faixa de 14-25 anos. O número assustador dos viciados em tóxicos tem assumido proporções alarmantes no mundo inteiro.
     Para Picchi (1996, p. 15) a droga tornou-se um elemento emblemático de interdependência entre países e continentes. Pode-se dizer que hoje quase não se vê guerra ou guerrilha ou reivindicação armada de grupos étnicos e minorias revolucionárias que não seja, de algum modo, apoiada ou diretamente financiada pelo tráfico de drogas. Em alguns países, a produção e o tráfico de drogas ilegais se entrelaçam com o subdesenvolvimento a exploração e a difícil sobrevivência de comunidades inteiras.
     As principais substâncias utilizadas pelos viciados são: maconha, morfina, cocaína, heroína, LSD 25, Crack, Barbitúricos, ópio, cola e outros.
     Muitos procuram a droga para vencer a fadiga de viver, combate ao medo, preconceito, insegurança e outros problemas. As pessoas drogadas são incapazes de amor e de perdão, têm um coração pobre que não sabe dar significado à alegria, à dor e aos sentimentos.
     Segundo França (2008, p. 18) o homem procura satisfação nos tóxicos porque tem um espírito débil e uma vontade fraca. Por isso, ele encontra na droga uma forma ilusória de enganar um viver frustrado e carente. No Brasil não existem cifras absolutas sobre a situação atual do uso de drogas, pois os viciados vivem em sua maioria, na clandestinidade.

4 O USO DE ÁLCOOL E DROGAS E A LEI

O consumo do álcool tornou-se massivo e, por conseguinte, seus efeitos nocivos não tardaram a aparecer, obrigando os legisladores a procurar formas de tornar seu consumo seguro, uma vez que seu banimento, ao menos por enquanto, parece missão impossível, por ser esta substância tradicionalmente querida e aceita por grande parte da população.
No Brasil, as primeiras restrições foram aos menores de 18 anos, por força do Decreto-Lei 3688/41, que foram no ano de 1990, incorporados ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990), de onde se extrai em seu artigo 243:



Vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida. Pena - Detenção de 2 a 4 anos e multa, se o fato não constituir crime mais grave.


Com o advento da Lei 9503, de 23 de Setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, pela primeira vez um texto legal foi específico e abrangente, impondo penalidades ao condutor que estivesse sob o efeito de álcool ou outra substância nociva:

Artigo 165: dirigir sob a influência de álcool ou qualquer outra substancia entorpecente, ou que determine dependência química ou psíquica.

O referido código sofreu nova alteração em 2008, como advento da lei 11.705, que além de impor limites mais rígidos ao consumo por condutores, veda também a venda de bebidas alcoólicas às margens das rodovias federais. Medidas mais rígidas, restringido e proibindo a venda e consumo de produto tão apreciado, acabaram por provocar grande discussão acerca da validade, legalidade e eficácia na nova Lei, sendo entoado por muitos, a inconstitucionalidade da mesma por, em suas opiniões, suprimirem direitos fundamentais
          O artigo 165 da lei 11.705/08 contempla a caracterização do uso do álcool ao volante como infração administrativa diversa da infração penal, que por sua vez esta prevista no artigo 306 da mesma Lei. Sobre os limites, o artigo 276, também do referido diploma, adota a política da tolerância zero, no que atine a concentração de álcool por litro de sangue.
          Para se cumprir os ditames legais acima mencionados a polícia de trânsito se utiliza de três formas clássicas para se provar a embriaguez ao volante que são: a) exame de sangue; b) bafômetro e c) exame clínico. No novo §2º do art. 277, o legislador agregou o seguinte: “a infração prevista no art. 165 deste código poderá ser caracterizada pelo agente de transito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor”.
     No que diz respeito às drogas, a Lei nº 11.343/06 instituiu o Sistema Nacional de Política sobre Drogas, estabelecendo a prisão para usuários e instituindo a figura do financiador do tráfico, prevendo uma reclusão de oito a vinte anos. Para muitos juristas, a lei é severa, e no caso de flagrante de consumo, será lavrado um termo circunstanciado, no qual o usuário se compromete a comparecer na justiça, sendo imediatamente posto em liberdade.
     A referida lei estipula a pena mínima de cinco anos de prisão. O instituto da delação também foi contemplado na lei. Se o infrator oferecer uma droga a um amigo ou conhecido sem o objetivo de lucro, o infrator pode receber uma pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.


CONCLUSÃO

     Conforme se observou neste artigo, já existem instrumentos jurídicos capazes de combater o alcoolismo e o vício das drogas. Mesmo que o indivíduo saiba os efeitos do álcool e das drogas, ele precisa ser conscientizado sobre os maus efeitos que o seu vício lhe causa.
     As leis em questão servem para mostrar ao indivíduo que ele pode escolher entre várias condutas e arcar com as consequências danosas, desde que não prejudique seu semelhante. Fica claro que essas escolhas são do sujeito e o Estado, através das Leis, deve garantir a máxima liberdade no convívio social.
     

REFERÊNCIAS

AFORNALI, Marco Aurélio; ARAÚJO, Izabel Chinasso de. Alcoolismo – das famílias às instituições públicas. Curitiba: Gráfica Popular, 2007.

BRASIL. Lei Nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em http://www.senado.gov.br/web/codigos/transito/httoc.htm Acesso em: 15 nov. 2009.

FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

PICHI, Mário. Vencer a droga: experiências, prevenção e envolvimento. São Paulo: Paulinas, 1996.


Biografia:
Sou pesquisador científico há vários anos e possuo conhecimento sobre diversas áreas.
Número de vezes que este texto foi lido: 52907


Outros títulos do mesmo autor

Haicais Ismael Monteiro
Haicais VITÓRIA DOS POLÍTICOS Ismael Monteiro
Haicais FIM DOS VALORES Ismael Monteiro
Haicais SOFRIMENTO DO POVO Ismael Monteiro
Haicais POLÍTICA Ismael Monteiro
Haicais POLÍTICA Ismael Monteiro
Haicais SEM HONESTIDADE Ismael Monteiro
Haicais O POVO CHOROU Ismael Monteiro
Poesias O POEMA Ismael Monteiro
Poesias ALEGRIA Ismael Monteiro

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 11 até 20 de um total de 170.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54743 Visitas
1 centavo - Roni Fernandes 54676 Visitas
frase 935 - Anderson C. D. de Oliveira 54596 Visitas
Ano Novo com energias renovadas - Isnar Amaral 54464 Visitas
Na caminhada do amor e da caridade - Rosângela Barbosa de Souza 54413 Visitas
NÃO FIQUE - Gabriel Groke 54408 Visitas
saudades de chorar - Rônaldy Lemos 54355 Visitas
Amores! - 54327 Visitas
PARA ONDE FORAM OS ESPÍRITOS DOS DINOSSAUROS? - Henrique Pompilio de Araujo 54294 Visitas
Jazz (ou Música e Tomates) - Sérgio Vale 54243 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última