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Giulio Romeo

Quando estamos diante do espelho, analisamos os fatos que decorrem em nossas vidas. Enxergamos as nossas rugas, deficiências, mediocridades, egoísmos e também a nossa imaturidade espiritual.

Ficamos assustados com a nossa falta de consciência e reflexão. Ficamos apavorados com as nossas atitudes, com as nossas mesmices, desatinos, irrelevância e falta de compaixão.

Mas, novamente nos sentimos impotentes e sem feedback para transformarmos o que erramos em futuros acertos.

Quando estamos diante de uma ligação com o mundo superior, refletimos o que poderíamos ter feito de bom para que as coisas tivessem outro resultado. Pedimos perdão para Deus e para nós mesmos, porém na manhã seguinte, cometemos os mesmos erros, em outra proporção. Um exagero de notórias pseudo-transformações, que nos levam de volta ao mesmo lugar!

Sempre queremos ter uma outra chance, mas esquecemos, que diante de tantas deficiências, o resultado sempre será o mesmo, somente mudamos os personagens, situações, problemas ou lugares.

Quando nos sentimos sós, lembramos que a terra existe, que as horas passam, que os pássaros voam e que as estrelas brilham. Lembramos também do poeta que diz: o Sol ao nascer dá um grandioso espetáculo, porém a platéia continua dormindo!

Lembramos de nossos dias de infância, da nossa poesia colegial, da pureza de nossa alma, da nossa tristeza, da nossa bondade, do nosso bom humor, mas esquecemos que tudo isso é só o princípio da elevação espiritual. Esquecemos também que tudo isso que pensamos que somos, não é nada perante a grandeza do Universo, da grandeza da Sabedoria e da Soberania da Paz.

"Sermos nós mesmos", "Agirmos com a nossa verdade", "Sermos sempre francos", como dizem por ai, é filosofia barata e sem propósito, pois temos sempre que pensar que não estamos sós e que agindo com instinto, podemos magoar o próximo, dificultar relações, destruir ídolos de cristal e eternizar a nossa imbecilidade.

Podemos usar esses quesitos pré-elaborados e pré-estabelecidos pela sociedade, apenas em casos específicos.

"Temos que ser francos": quando a franqueza é utilizada para ajudarmos com palavras e exemplos à quem necessitar;

"Temos que ser nós mesmos": quando precisarmos de autoconfiança e determinação para realizar um trabalho de difícil elaboração ou uma atitude que possa ajudar ou mudar o destino de alguém;

"Temos que agir com a nossa verdade": quando estivermos em julgamento e precisarmos de argumentos verdadeiros para a nossa defesa.

Somente nesses casos podemos ser um pouquinho egoístas. Antes de darmos puxões de orelha ou criticarmos alguém, temos que lembrar sempre da porcaria do espelho, que verdadeiramente reflete quem realmente somos!

Temos que ser filósofos, psicólogos e analistas, para termos equilíbrio. Temos sempre que agir com prudência, para fazermos “a coisa certa” e temos que pensar várias vezes antes de agir ou tomar decisões, pois é melhor termos inteligência e paciência, do ter que pedir perdão, depois !

“É preciso reviver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos, nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.”

Temos que viver intensamente os momentos bons e ignorar os ruins, pois só assim conseguimos tirar proveito da rotina do dia-a-dia e da repetição de nossos gestos que fazem de nossas vidas “um eterno retorno”.

A causa e o efeito disso tudo, geralmente só são vistos no final de cada acontecimento, e as conseqüências... Acreditem, só serão vistas no final de uma vida.


Biografia:
Professor de Ciências da Religião, Teólogo, Filósofo e Pesquisador de Ciências ocultas. Procuro a verdade e quero compartilhar meus estudos sobre o comportamento filosófico e religioso de povos e comunidades, que tem a fé, como sustentáculo de sua existência tridimensional.
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