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MULHER: o que mudou?
Tânia Du Bois


     Gosto do poema de Cora Coralina: “Muitas vezes, basta ser colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia...”      Posso não perceber, mas a lembrança está em nós, está conosco o tempo todo, e não por acaso; está ali, pronta para saltar a qualquer hora do dia.
     Quando confio na memória, pergunto-me o que mudou em relação à mulher neste mundo moderno. Nem preciso olhar para trás, a iniciativa de estampar as lembranças explica os versos que carregam brilhos nas nossas vidas. E, quando acredito com o coração naquilo que me proponho a fazer, entendo que cada movimento é o caminho da verdade. Percebo que o pensamento é importante porque dividir, contar e ouvir é aprender sempre. Até porque nós temos algo a mais: o jeito diferente de olhar e fazer as coisas; colocamos graça e emoção no que realizamos; somos firmes, mas também agimos com o coração. Somos o resultado do contato com a realidade, sem tantas fantasias, mas é fundamental continuarmos sonhando.
     As lembranças das mudanças impõem, às vezes, coragem e respeito, trazendo benefícios e palavras inspiradoras para enfrentar qualquer tipo de crise ou mudança. Não basta sonhar, é preciso ter clareza do que desejamos e entendimento do que lembramos.
     Quando o objetivo é a construção de um mundo mais fraterno, no qual os direitos humanos sejam respeitados, devemos lutar e lembrar para preservar a história de cada mulher. Pois, um país sem lembranças, sem memória, é um país sem história e sem sorrisos.
     O grande segredo é transformar sonhos, lembranças e memórias em resultados palpáveis, identificando prioridades; a primeira delas é sobreviver.
     “fugir às regras / aniquilar a mesmice / do cotidiano... // o poeta rejeita ser mero cartão postal // reinventar-se? // só lhe resta / fluir entre os postigos...” (Luiz Otávio Oliani)
     Admito que nem sempre é fácil transmitir os nossos conhecimentos diante de um novo contexto, a mulher acredita e se reconhece na mudança. Junta as duas coisas, opina, une o compromisso com o idealismo, sem perder de vista as lembranças; procura espaço para a emoção e a ação; age com o coração, unindo ao universo masculino a sensibilidade do mundo feminino. Às vezes, sentimo-nos corajosas, dispostas a agir. Noutras, queremos receber e dar carinho, aquietar ou pedir colo. O que mudou?


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
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