Janete trabalhava no centro da cidade e todos os dias acordava às quatro da manhã, para conseguir chegar no horário. Já estava cansada daquela situação; acordar cedo, pegar ônibus lotado na ida e volta do trabalho, sem tempo para o lazer, e sem tempo para namorar.
As amigas no trabalho, já não aguentavam mais ouvir as queixas de Janete:
- Preciso arranjar outro emprego – Sempre dizia ao chegar na loja;
- Melhor, ou mais perto de casa? - Perguntava as colegas;
- As duas coisas! Só de ficar livre da lata de sardinha, já será um alívio! - Janete se referia ao ônibus lotado, como lata de sardinha.
Foi em uma manhã de segunda-feira, tempo chuvoso, que ela acordou meio indisposta para trabalhar; resolveu pegar o ônibus das cinco horas. Demorou no banho, levou o dobro do tempo para ajeitar o cabelo, vestiu uma calça jeans apertada, que não usava há bastante tempo, colocou o perfume que ganhara de sua prima (não gostava muito do cheiro), mas não sabia explicar porque resolveu usá-lo, e foi para o ponto de ônibus.
Não demorou para que a condução passasse pelo ponto. Janete olhou o veículo superlotado, mas já estava atrasada e teria que ser naquele mesmo. Entrou e entre um pedido de licença, um pisadão de pé e outros, conseguiu chegar próximo ao fundo do buzú! Conseguiu encostar-se à cadeira, espremendo-se entre os outros passageiros.
Já estava distraída com a viajem, quando um passageiro parou logo atrás dela; pode sentir a respiração em seu pescoço. Janete tentou mudar de posição mas não conseguiu. Olhou para ver quem era, e vislumbrou o moreno forte, de estatura mediana e olhos verdes, sorrir para ela. Janete ia reclamar, mas resolveu ficar calada.
Devido a chuva, o trânsito estava engarrafado! O estranho permanecia atrás de Janete e ela pode sentir que aos poucos, o volume em sua calça começava a aumentar de tamanho; ela não sabia o que fazer, mas aquela situação, a deixou excitada. Tentou disfarçar, fingindo não estar gostando, mas também não fez esforço algum para sair dela:
- Seu perfume, é excitante! - O estranho cochichou em seu ouvido;
- Eu não gosto dele! - Respondeu ela baixinho;
- Se não gosta, porque está usando?
- Para deixar pessoas como você, longe de mim!
- Então o efeito foi o contrário; ele me deixou louquinho por você!
A conversa prosseguia em cochicho. Janete sentiu quando ele apertou-a mais ainda contra a cadeira, fazendo com que ela sentisse todo o volume de suas calças, roçando em sua bunda; começou a respirar mais rápido, a adrenalina fez sua pulsação aumentar, sentiu que estava ficando molhada de tesão, o medo de alguém está percebendo o que estava acontecendo, a fez olhar para os lados. Ninguém estava importando-se com ninguém; cada um dos passageiros, estava envolvido em seus próprios pensamentos!
O trânsito melhorou e o ônibus começou a andar lentamente. A cada balanço, Janete sentia o moreno roçar em sua bunda! Ele conseguiu imprensá-la de tal forma, que sua boceta ficou roçando no encosto da cadeira, comprimindo seu clítoris. Janete começou a suspender o calcanhar e arriá-lo lentamente, fazendo com que seu clítoris deslizasse pela cadeira. Suas pernas começaram a tremer, sentiu que o orgasmo estava chegando, tentou parar mas o homem atrás dela falou em seu ouvido:
- Deixa ele vir! - Soprou na nuca de Janete;
Ela fechou o olho e gozou; sentiu sua calcinha encharcar e sentiu-se envergonhada! Mas ouviu quando ele lhe falou que era para ela relaxar, ninguém percebeu o que aconteceu! Chegou o ponto de Janete e ela desceu, só olhando para aquele estranho, do lado de fora, pela janela.
Janete chegou no trabalho e procurou sua melhor amiga para contar a loucura que tinha feito:
- … Não sei o que me deu; eu só sei que fazia tempo que não sentia um tesão tão forte assim! - Disse ela para Renata;
- E você nem pediu ou ele não te deu o telefone? - Perguntou Renata;
- E eu tive coragem pra isso? Eu só queria sair daquele ônibus o mais rápido possível!
- Ele era bonito? - Quis saber Renata;
- Um tesão de homem! - Respondeu Janete suspirando.
Pela primeira vez, em meses, ninguém na loja ouviu Janete reclamar do ônibus cheio. Ela passou o dia inteiro pensando no que aconteceu naquela manhã. No dia seguinte, resolveu pegar o ônibus das cinco novamente; sabia que ele era o mais lotado do horário, mas queria encontrar aquele moreno novamente. Por sorte e azar, encontrou-o mas, não teve como ficar perto dele de tão cheio que o ônibus estava. Ficaram trocando olhares insinuantes à distancia, e a medida que o ônibus ia esvaziando, Janete se aproximava mais dele.
Janete conseguiu chegar e parar ao lado dele, mas também estava na hora dela descer. Ele sorriu e ela retribuiu o sorriso, ao puxar o sinal, ela ouviu ele lhe falar:
- Vou guardar este lugar para você! - Ele passou a mão pelo encosto da cadeira, Janete sorriu e desceu.
Apesar de chegar atrasada, mais uma vez, ela passou o dia sem reclamar. Renata sabia o motivo e chegou a indagá-la se tinha encontrado o tal moreno no ônibus; ela disse que sim, mas que só ficaram na troca de olhares. Revelou que no dia seguinte, provavelmente, poderia acontecer o mesmo lance da segunda-feira, Renata só disse que era para aproveitar o momento!
Em casa, Janete separou uma roupa especial para o dia seguinte; queria mesmo aproveitar o momento se ele fosse acontecer. Foi tomar banho pensando em sentir aquele membro e duro roçar em sua bunda, apertando-a na cadeira. Janete sorriu ao imaginar estar fazendo aquilo no meio de tanta gente e ninguém perceber. Deslizou o sabonete pelo corpo, parando entre suas pernas; fechou os olhos e começou a se masturbar, apertando sua bunda e comprimindo o botãozinho, como se estivesse sendo imprensada pelo moreno; teve um orgasmo intenso! Foi dormir pensando na cena...
… Quarta-feira; Janete acordou e tratou de adiantar as coisas: tomou banho e usou o mesmo perfume da segunda-feira, usou maquiagem leve e deixou o cabelo solto! Olhou para as roupas em cima da cama e ficou na dúvida de qual usaria; tinha separado uma saia jeans e uma de tecido fino e leve; uma blusinha de alça e uma tomara-que-caia transparente; optou pela saia de tecido fino e a blusinha de alça!
Se vestiu e olhou-se no espelho; a saia fina de dupla face, estava ideal para o que ela tinha em mente! Quando chegou na porta de casa, suspendeu a saia e tirou a calcinha, jogando-a em cima do sofá; foi sem nada por baixo!
Saiu com dez minutos antes do normal; não queria ter o azar do ônibus passar mais cedo, e não deu outra: o coletivo realmente passou cinco minutos antes de seu horário diário. Janete entrou no coletivo e com certa dificuldade, se dirigiu para o fundo do ônibus, procurando pelo moreno. Parou na mesma cadeira e já estava decepcionada por achar que ele não estava dentro do carro. Começou a ouvir um: “me desculpe”...; “com licença”...; “perdão”..., “estou passando”...:
- Ufa! Consegui passar por esse formigueiro! - Disse ele chegando próximo à Janete;
- Não sei por qual motivo! - Disse ela, se fazendo de desentendida;
- Mas eu sei: esse mesmo perfume..., a mesma cadeira..., essa saia fina...,
A conversa entre os dois, rolava em sussurros. Janete se deliciava ao ouvi-lo falar baixinho em seus ouvidos; seu corpo arrepiou quando ele devagarzinho, encostou-se nela, apertando-a contra o encosto da cadeira. Sentiu o volume de seu membro latejando em sua bunda:
- Pensei que você iria perder o ônibus hoje! - Disse ela assim que ele encostou sua cabeça próxima à dela;
- E perder essa chance de sentir você? - Respondeu ele;
- Pode me sentir melhor! - Insinuou-se ela;
- E qual jeito vamos dar nisso? - Perguntou ele.
Janete pediu para ele segurar a sacola grande que ela trazia na mão e colocá-la lateralmente a eles. Pegou a bolsa e colocou no lado inverso ao da sacola, criando uma barreira dos dois lados das cinturas de ambos, de tal forma, que ninguém podia ver o que acontecia naquela área.
Janete deslizou a mão direita por entre sua perna até chegar em sua bunda, e suspendeu um pouquinho a saia, deixando o caminho livre. Lentamente, conseguiu abrir o zíper da calça dele, fazendo com que sua rola saltasse para fora da calça. Afastou as pernas o suficiente, para que a pica dele fosse parar entre suas coxas, apertando-a logo em seguida com a própria virilha.
Janete se esforçava para não gemer; sentia a pica dele latejando entre suas coxas e encostando a cabecinha na entrada de sua boceta. O balanço do ônibus ajudava para disfarçar o movimento que ela fazia com as pernas; ora ela apertava, ora ela folgava. Janete ficou na ponta dos pés, e sentiu quando a cabeça daquela pica encaixou-se perfeitamente na entrada de sua boceta, passando somente parte da glande, mas o suficiente para fazer Janete se deliciar de tesão.
Ele segurou entre a barra de ferro vertical do corredor e o encosto da cadeira, a onde Janete estava encostada, e apertou mais um pouco; ela sentiu a cabeça de sua pica comprimir seu clítoris, roçando nele. Janete segurou no pulso dele e apertou com força, indicando-lhe que iria gozar; precisou segurar firme para não cair no meio do corredor, com a tremedeira que deu em suas pernas. Sentiu quando ele derramou seu gozo entre suas coxas, ficando satisfeita por tê-lo feito chegar ao orgasmo também! Com jeito, colocou o mastro dele de volta na calça e retirou um lenço pequeno da bolsa, para enxugar suas pernas.
Chegou no ponto, olhou para trás e sorriu, desceu do ônibus e foi trabalhar. Chegou na loja com vários lenços pequenos e quando suas colegas perguntaram o motivo para tantos, só respondeu que fazia muito calor dentro de um ônibus lotado; daquele dia em diante, Janete nunca mais reclamou do coletivo lotado!
EMANNUEL ISAC
|