O sérvio Novak Djokovic, já havia deixado os brasileiros surpresos quando dançou um tanto sem jeito a música “Ai se eu te pego”. Depois surpreendeu novamente, ao assinar a lente da câmera, e escrever em português perfeito o nome da mesma música. Parecia um pedido. Quero conhecer o Brasil, me convidem.
O convite aconteceu, e Djokovic aceitou. Um dos que ajudaram muito nessa visita foi outro sérvio. Petkovic, o ex-jogador do Flamengo. Assim, no último sábado, um Maracanãzinho lotado com dez mil pessoas, viu Novak Djokovic jogar, fazer graça, se divertir e cair no samba.
É bem capaz que na volta para casa, a sua namorada Jelena Ristic, estivesse esperando com uma pergunta na ponta da língua: “Qual o aroma dos bumbuns das mulatas brasileiras?” Isso porque em dado momento, Djokovic caiu de joelhos, e ficou vendo os bumbuns das mulatas passarem rebolando a centímetros do seu rosto.
Claro que Novak Djokovic não veio ao Brasil de graça. E nem poderia vir. Ele é um profissional do tênis, e atualmente número 1 do mundo. Quem vê Djokovic jogar, sabe do carisma que enfeita a aura do sérvio. Em terras brasileiras, esse carisma se acentuou ainda mais. O encantamento foi mútuo. Ele pelo Brasil, e o Brasil por ele.
Quando Djokovic soube que visitaria a favela da Rocinha, ficou um pouco apreensivo. Nossas favelas ainda assustam lá fora. E como esperado, poucas crianças na Rocinha, tinham ouvido falar de Novak Djokovic. Até como um desconhecido, o sorriso nunca abandonou o rosto do sérvio. Mesmo com seu pai muito doente na Sérvia.
O jogo exibição contra Gustavo Kuerten seguiu o roteiro pré-estabelecido. Djokovic fez uma força danada para perder. Contei umas cinco bolas fora que ele deu como boas. Na véspera, Guga havia dito que 80% das pessoas estariam lá para ver o sérvio. E fugindo do script, Djokovic fez com que dez mil pessoas em pé aplaudissem Gustavo Kuerten.
No enredo inicial, domingo Djokovic jogaria futebol na preliminar do jogo Flamengo e Palmeiras. Infelizmente com meu time caindo para a segunda divisão, o cenário teve de ser alterado. Nada mais justo que o melhor do mundo estivesse presente na festa do Fluminense no Engenhão. Fez até gol. De pênalti, mas fez. E prometeu voltar.
Para desespero do ex-presidente Lula, que chamou o tênis de esporte burguês, na segunda semana cheia de dezembro tem mais. Estarão jogando no ginásio do Ibirapuera em São Paulo, Roger Federer, David Ferrer e Jo-Wilfried Tsonga. Entre as mulheres, Victoria Azarenka, Maria Sharapova, Serena Williams e Carolina Wozniacki, também jogarão lá. Todos, eles e elas “top ten”. Eu prefiro burguês ganhando dinheiro honestamente, a político corrupto.
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