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Gosto de sorrir. Vivo sorrindo a toa. Sempre digo que uma boa gargalhada é igual a um orgasmo. Isso se o orgasmo for bom. No sábado com a ministra Marta Suplicy. E na segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff, eu gargalhei gostosamente. E olha que as duas não são boas comediantes.
Vou começar com Dilma Rousseff. A presidente disse em seu programa semanal, que o governo vai cobrar qualidade nos serviços de banda larga. Oba! Até me animei. Em seguida desanimei. Faltando dois anos para um evento mundial, e quatro anos para outro, definitivamente Dilma Rousseff está “fora da casinha do primeiro mundo”.
A partir de outubro as empresas serão obrigadas a fornecer em média, 60% da velocidade contratada. Depois de 2014, a obrigação será de 80%. Uau! Então se os internautas que pagam por uma conexão de dez mega, e navegam com seis, nem poderão reclamar. Ou será que nossas contas virão em média, 60% menores?
Estamos todos convidados a ser fiscal. Desculpe “voluntários”. Serão doze mil voluntários. Basta se cadastrar. E fazer o serviço da Anatel. Nunca entendi a criação dessas agências reguladoras. Todas envoltas em muitos mistérios. De uma coisa eu sei. Devem ser ótimos empregos.
Agora é a vez de Marta Suplicy. No sábado, depois de ler sua coluna “Poder jovem”, no jornal a Folha de São Paulo, relaxei, gozei e gargalhei. O assunto da coluna era a menina catarinense Isadora Faber. Que fez uma pequena revolução na educação de Florianópolis. Ainda não sabemos o resultado e nem o preço da ousadia de Isadora.
Com um entusiasmo desmedido, Marta Suplicy chama a menina Isadora de “novo símbolo da época global”. Aos 13 anos, já foi notícia no jornal francês “Le Monde”. Eu não compartilho do entusiasmo da nova ministra da Cultura. Pelo contrário. Eu me envergonho. Com a menina Isadora, o “Le Monde” levou para a Europa o desleixo do nosso modelo educacional.
Não é estranho. Uma menina de 13 anos, mostra em vídeo para o Brasil e para o mundo o despreparo do professor de matemática. Esse tipo de despreparo deveria ser notado ainda dentro das universidades. Não adianta fazer da menina Isadora um fenômeno da rede mundial. A ministra deveria visitar a UTI da educação brasileira.
Marta Suplicy encerra a coluna, dizendo que o Brasil “abriga analfabetos que não sabem ler nem escrever”. Se eles são analfabetos... Que bela constatação ministra! Então, quando surge uma Isadora aqui ou ali. Fazendo o que o governo deveria fazer, eu não gostaria que o meu país fosse notícia no “Le Monde”.
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