Vivemos da magia. No Natal iluminamo-nos pelo vão das letras que se estendem ao começo dos sonhos, onde tentamos desvendar o sentido da vida, descobrir a alegria e reconhecer de maneira simples – e ao mesmo tempo profunda – a vibração das palavras dos escritores.
A magia do Natal encontra-se nos versos que transfiguram os poemas e que espelham a libertação.
Une tradição natalina aos conhecimentos literários, como o poema que, segundo Drummond: “a literatura não precisa ser moderna. Tem que ser eterna.”
Em um pequeno encontro de luminares, cada um expressa o sentido da sua exaltação, transformando o Natal em momento mágico e feliz:
“Cantemos a canção da vida / na própria luz consumida... Mário Quintana
“Ando a procura da luz / como quem procura um nascimento: / um vão / uma fresta / o mundo” Leopoldo Scherner
“... O homem / ilumina / o homem / próximo...” Pedro Du Bois
“... Na luz imaginada / de um infinito amor...” Armindo Trevisan
“Será que pode ver? / Será que pode sentir? / Será que pode... Me amar?” Eduardo Barbossa
“Lembro da manhã / Acariciando o Sol...” Lu Cavichioli
“Falou e disse um pássaro, / dois sóis, uma pequena estrela.” Carlos Nejar
“... – do que mais ilumina e sabe: gesto / de foice abrindo o real, força no vento / o desdobrar de um sol imperativo...” Gilberto Mendonça Teles
A magia do Natal está nas palavras que iluminam os nossos corações, assim como a magia da vida se encontra no poeta, porque ele é representante do sentimento do mundo e nos leva à admiração simbólica, sensível, e com veia poética, da nossa presença no Natal.
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Biografia: Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e
A Linguagem da Diferença. |