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Desventura
Júlio Cezar dos Reis Almeida

Maria Rosa nasceu
Pobre e formosa.

Não era rainha.
Não tinha pecúnia.
Tinha a beleza das rosas.

Ficou moça cedo.
Bem cedo foi comprada.
Como rosas.

Para comer,
Para viver,
Deixou-se levar.
Como rosas:
Humilde...Chorosa...

Não queria ser rapariga.
Queria ter jarro, florescer, dar botões...
Mas era formosa.
Tinha de comer.

Contrato de venda de Rosa:
Dez sacos de farinha de 60 quilos.
Três arrobas de carne-de-sol.
Barato para suas formas delicadas
E para o cérebro maravilhoso que tinha.

-Ah! Se eu tivesse fada-madrinha, como as princesas
Das estórias da carochinha,
Não precisaria de me deitar
Pela cuia de água com farinha.
-Suspirava Rosa.

Mas não era princesa,
Não era rosa,
Era Maria
E deixa de prosa.


Biografia:
Nascimento: 27.07.1956; Feira de Santana , Bahia.
Número de vezes que este texto foi lido: 61757


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Poesias Parte Júlio Cezar dos Reis Almeida
Poesias Nada Júlio Cezar dos Reis Almeida

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Publicações de número 31 até 32 de um total de 32.


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