Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Desventura
Júlio Cezar dos Reis Almeida

Maria Rosa nasceu
Pobre e formosa.

Não era rainha.
Não tinha pecúnia.
Tinha a beleza das rosas.

Ficou moça cedo.
Bem cedo foi comprada.
Como rosas.

Para comer,
Para viver,
Deixou-se levar.
Como rosas:
Humilde...Chorosa...

Não queria ser rapariga.
Queria ter jarro, florescer, dar botões...
Mas era formosa.
Tinha de comer.

Contrato de venda de Rosa:
Dez sacos de farinha de 60 quilos.
Três arrobas de carne-de-sol.
Barato para suas formas delicadas
E para o cérebro maravilhoso que tinha.

-Ah! Se eu tivesse fada-madrinha, como as princesas
Das estórias da carochinha,
Não precisaria de me deitar
Pela cuia de água com farinha.
-Suspirava Rosa.

Mas não era princesa,
Não era rosa,
Era Maria
E deixa de prosa.


Biografia:
Nascimento: 27.07.1956; Feira de Santana , Bahia.
Número de vezes que este texto foi lido: 61756


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Parte Júlio Cezar dos Reis Almeida
Poesias Nada Júlio Cezar dos Reis Almeida

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 31 até 32 de um total de 32.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Segredos - Maria Julia pontes 62439 Visitas
Coração - Marcos Loures 62435 Visitas
NA PAUSA PARA A REFEIÇÃO... SUA ATENÇÃO! - Lailton Araújo 62431 Visitas
Jogada de menino - Ana Maria de Souza Mello 62431 Visitas
- Ivone Boechat 62424 Visitas
EDITORA KISMET – UMA EDITORA DE VANTAGENS - Caliel Alves dos Santos 62420 Visitas
Each Moment - Kelen Cristine N Pinto 62413 Visitas
O pensar é dialógico e dialético - ELVAIR GROSSI 62409 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 62405 Visitas
A RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ARTE, CULTURA E NÃO-CULTURA - ELVAIR GROSSI 62403 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última