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A apoteose do começo
Onildo Rodrigues Soares


A apoteose do começo

Não me perguntem o que isso significa
Eu sou apenas o escritor,
Mas é tarde da noite
Não há bares abertos
E eu ansiava encontrar alguém para dizer três palavras
Eu te amo!
Porque o amor de hoje pode morrer no amanhã
Tenho de eternizar meu coração batendo
Porque tanta coisa imortal está morrendo
Nascer e morrer tem explicação
Eu diria
As pessoas nascem para morrer
E morrem para nascer
Tudo tão simples e previsível como um novo dia
A partir de quando eu terei de conquistar o mundo
Mas para mim será tarde demais se eu não iniciar o processo de amar
Mais um ano passará sem que eu saiba o que significa ser feliz
E eu não darei bom dia aos que são de bom dia
Boa tarde aos de boa tarde e Good Night aos americanos
Continuarei sendo o vilão desses novos dias
Enquanto não me tornar prisioneiro do amor
Quero informar que:
Eu tenho o mundo dentro de mim
Eu choro pela dor alheia
Não, senhores faladores
Estou farto de comprar a felicidade falsa
A vida não é um baile de formatura
A apoteose do começo
A vida é a espera lenta da morte
Vive-se e se morre um pouco cada dia
E tudo finda, exceto o amor, o substantivo concreto
Por ele, dançamos a valsa
Por ele, apagamos a vela
Por ele renascemos sem morrer
Se eu tenho de partir para ser feliz então partirei
Porém preciso reconquistar o direito de voltar ao tempo
Quando tudo era “procura” e nada mais havia que uma pungente esperança
Então cantarei as canções de protestos
Para um tempo que não veio
O futuro não chegou
A valsa ainda está tocando meu coração
E eu preciso amar
Preciso me livrar do risco de não ter sentimento
Mas estou impedido de escrever
Porque não há nenhum bar aberto.


Biografia:
Escrever é fácil, o difícil é entender.
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