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Apalpei o ar, amassei o papel,
Tingi o céu do meu olhar.
Ouvi o farfalhar da sua voz
Roufenha a resmungar.
Talvez o meu ouvido moco
Tenha lhe ouvido pouco.
Pareceu-me como sempre
Descontente a vaguear,
Olhando-me com amorável
E atraente olhar atroz.
Não quero ser impertinente
E, sorridente ouço a sua voz
Com seu velho jeito de amar.
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