Os que se intitulam agentes de desenvolvimento do governo, no uso da sua arrogância contumaz e revogadas as disposições em contrário, inventaram o monstrengo da liberação do aborto, que está se voltando contra eles. Não lhes dá sossego. Não conseguem se livrar do assunto que não sai da mídia e os fustiga conforme a maré.
Já insistiram e até aventaram a possibilidade da realização de um plebiscito que levaria os eleitores as urnas para votar nele, contra ou a favor, fato este considerado vitória certa, pois se imaginam imbatíveis em qualquer consulta popular, surfando na onda de popularidade do presidente da República inflado de vaidade desfrutando do vento a favor, e, apoiado por seus aliados de reprováveis mil e uma utilidades.
Enquanto o nosso presidente mantém sua dubiedade ao falar sobre o assunto, permite que seu ministro da saúde mantenha a intenção do governo de distribuir gratuita e indiscriminadamente à “pílula do dia seguinte”, considerada “não abortiva” que mesmo aprovada pelo ministério, sua função gera opiniões divergentes entre médicos e pacientes, pois tomada sem prescrição adequada oferece graves riscos à saúde.
Parlamentares que trabalham em defesa da vida são contra e já apresentaram projetos de lei que divergem totalmente da intenção do ministro. A manipulação do discurso sem padrões de condutas aceitáveis do partido da estrela vermelha desbotada para consolidar-se no poder, pode custar caro ao país enquanto a cidadania estiver atrelada ao assistencialismo subalterno em que submetem o pobre povo, e o povo pobre, a experiências sociais e políticas constituídas de completa subversão aos aceitáveis modelos pré-existentes.
O número de mulheres que fazem aborto anualmente segundo o Ministério da Saúde, já se tornou a quarta maior causa de mortes no país. A Organização Mundial da Saúde informa que o Brasil é o campeão mundial, pois aqui são consumados 1,4 milhão de abortos clandestinos por ano - ou seja - mais do que todos os outros países da América do Sul reunidos.
Não entendo isso, pois neste caso o Ministério da Saúde estaria confessando dois deslizes. O primeiro é que a partir do presidente da República, a autoridade responsável para a finalidade também não sabe de nada, e o segundo, ratificando a improbidade de que sabiam, fazem de conta que nada tem a ver com o problema.
Depois de muitas discussões sobre o que já estava decidido, o partido político do governo decidiu punir com suspensão dois deputados federais das suas fileiras, por infringirem a ética partidária ao se insurgirem contra a descriminalização do aborto, ou seja, ambos foram julgados intolerantes por atuarem em defesa da vida.
A posição oficial do governo Lula, é a completa legalização do aborto no Brasil.
Daqui para frente, qualquer parlamentar que, se posicionar diversamente, será
expulso do Partido.
Pesquisas aplicadas em 2008 mostram que mais da metade dos parlamentares entrevistados são contrários a qualquer mudança na legislação do aborto. De acordo com o levantamento, 57% dos congressistas ouvidos manifestaram-se contra qualquer tentativa de mudança na lei para permitir a interrupção da gravidez, sendo 321 congressistas, entre deputados e senadores: 27 mulheres (8% dos mandatários no Congresso) e 294 homens (92%), a mesma proporção entre os 594 parlamentares.
O aborto é polêmico desde o seu âmago, sua própria definição já é difícil. Para os médicos, o aborto, é todo produto da concepção eliminada, com peso e idade fora dos padrões protocolares das ciências transitórias.
Para os religiosos o aborto é a morte de uma criança no ventre da mãe, produzida em qualquer momento da vida que vai da fecundação até o nascimento.
Por mais que a gravidez não seja desejada, a perspectiva moral aparece claramente nos casos de abortos consentidos em casos de má formação congênita grave, quando se deve considerar o sofrimento dos pais.
Qualquer ato que atente contra essa nova formação, é um ato contra a vida, não está em pauta o tempo que isso ocorreu, pois o entendimento segundo o qual o aborto significa a morte de um ser humano é, pois, virtualmente, homicídio.
Para o Espiritismo o aborto é um crime hediondo que produz uma série de conseqüências espirituais, perispirituais, físicas, psicológicas e legais. Está estabelecido na questão 358 de O Livro dos Espíritos.
Aceitar e compactuar com a legalização do aborto é legalizar o crime e o assunto é tratado do artigo 124 aos 128 do Código Penal Brasileiro.
Já que não existe o acaso, tudo acontece sob a égide de Deus, o Senhor da Vida.
Nós estamos preparando hoje a reencarnação de amanhã. Um aborto provocado agora será mais além o aborto espontâneo, pois a paternidade e a maternidade não valorizadas hoje, o serão com certeza amanhã, em outra encarnação, mas então por um processo educativo, que passa pela dor e pelo sofrimento redentor.
O "aborto seguro" com que acena o governo, dizendo-se defensor da vida da mulher e da saúde pública, não passa de uma proposta para o crime, em que saem em desvantagem os inocentes e indefesos, premiando a irresponsabilidade.
Excetuando-se desta os casos de estupro, no qual também não se justifica o delito, mesmo aí existe um compromisso cármico a ser cumprido.
“Dizer que a mulher é dona do seu corpo e dele pode dispor como bem entender, não é verdade, porque ninguém é dono do corpo, tanto assim que quando desencarnamos o nosso corpo fica na Terra. Somos apenas usufrutuários do próprio corpo. Portanto, uma das argumentações preferidas, a de que "a mulher é dona do seu corpo", é radicalmente falsa e não pode ser aceita como pretexto para a prática do aborto.”
O feto é realmente um ser humano em fase de desenvolvimento. O aborto é talvez o maior dos crimes, a ação mais horrível e monstruosa que os homens podem cometer. É qualquer coisa tão macabra e ignóbil que de nenhuma forma pode ser admitida por uma pessoa de bem.
O aborto é um crime nefando, porque praticado contra um inocente indefeso, o produto da concepção está vivo, e tem o direito Divino de continuar vivendo e de nascer.
O aborto é um crime, e se não é admissível que morram mulheres jovens, pior ainda é que se assassinem covardemente aqueles que vão nascer mais indefesos, praticando-o.
Como será a convivência de quem insiste na empreitada pró-aborto?
Cabe-nos perguntar como é que políticos profissionais e alguns meios
empresariais de princípios relativistas e materialistas podem exercer tamanha influência na legislação brasileira, contrariando a própria Carta Magna de 1988?
“O direito à vida não pode ser relativizado, sob pena de caminharmos para a barbárie e para a quebra de todos os princípios que têm orientado a nossa cultura.”
O contrário estará atendendo ditames de regras assumidas pelo governo/Estado brasileiro, que para não conflitar com modismos usados em países ditos avançados, resvalam na honestidade.
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