E agora, amigo,
o que resta da estrada,
se a esperança se apaga
como vela apagada?
Não sei se calo,
se grito, se caio,
se fujo do mundo
ou encaro o ensaio.
Vejo a vida em ruínas,
como um lamento calado,
entre bombas e ruídos,
um futuro apagado.
Mas há algo escondido,
uma faísca insistente,
tentando acender
um amanhã diferente.
E agora, amigo,
mesmo em dias de dor,
levanta a cabeça
e segue com ardor.
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