“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Os versos do poeta Carlos Drummond de Andrade mostram as dificuldades impostas pela vida a cada pessoa. Nesse sentido, pode-se afirmar metaforicamente que a pedra no caminho são os justos cidadãos brasileiros que se calam diante das mazelas impostas pela sociedade machista, moralista e burguesa.
Em primeira análise, a transformação social vem por meio de lutas constantes em prol de algo. Assim, corrobora com tal afirmação a frase de Fernando Gramoza – professor de filosofia da rede pública – “viver e não lutar é uma contradição que não consigo carregar”. Nessa perspectiva, para a existência da própria vida se fez necessário uma luta. Desta forma, para melhorar a vida da nação é preciso que cada pessoa assuma seu compromisso com a sociedade, isto é, que lute pela melhoria continua do bem-estar coletivo.
Ademais, para romper com o machismo moralista da sociedade burguesa – que por vez foi enraizada nas classes operarias – é de vital importância não só o engajamento político mas também o desenvolvimento do senso crítico pessoal. Somente assim, a população reagirá as situações com embasamento e não apenas como mero repetidor.
Por fim, para melhorar a sociedade brasileira é preciso um trabalho conjunto, mas feito de forma individual, cabendo a cada qual o senso crítico e a responsabilidade de lutar pela melhoria continua da coisa pública. Assim sendo, aquele que vive sem lutar é a pedra no caminho da melhoria do Brasil. Desta forma, todo aquele que não luta a favor da melhoria – seja qual for a questão social -, todo aquele que se cala, se soma com a classe machista de moral questionável.
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