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🔴 As joias da coroa
Rafael da Silva Claro


A jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, quis demonstrar toda sua empatia com os gaúchos. O momento mais difícil que ela conseguiu vasculhar na memória, para exprimir toda a sua solidariedade, foi quando roubaram suas joias. Meu Deus!

Percebe-se bem que a jornalista não comparou seu caso com pessoas que perderam tudo, mas a infelicidade do comentário revela a falta de noção e que está apartada da realidade. Numa linguagem popular, ela perdeu a oportunidade de ficar quieta; como jornalista, ela usou as palavras erradas, na hora errada. Esse comportamento não combina com uma roda de discussão jornalística, e ela ficou parecendo uma dondoca completamente alienada.

Um caso como esse não é isolado e exemplifica como parte do jornalismo morreu. O jornalismo raiz, como ficou conhecido o jornalismo bom e tradicional, está em contraposição ao “Nutella”, que é o jornalismo ruim, feito com intenções obscuras. Uma hipótese é que essa turminha vive numa “bolha”, onde toda a classe profissional se frequenta. Assim, esses personagens acham que tudo se resume ao mundinho da redação, ignorando o “Brasil profundo”.

A Rede Globo só não é oficialmente um grupo de comunicação do governo federal, mas na prática se presta a isso. Na “obrigação” de enaltecer a “mão que a alimenta”, acontecem essas coisas, como aconteceu com a Eliane. “Fake news”, extrema-direita, organização internacional de direita, etc, são “biscoitos caninos” (moeda de troca) para corroborar aquilo que o governo acusa a oposição. Com essa linguagem, as mídias ajudam o governo, tirando a pecha de teoria da conspiração e briga ideológica.

Eliane Cantanhêde esqueceu de disfarçar seu discurso, escorregando no comentário, e revelou uma dondoca, que passaria despercebida num programa de fofocas, portanto, incompatível com um canal de notícias. A Daniela Lima também exagerou, deixando seu lado militante dominar a jornalista.

A Globo está sendo recebida no Rio Grande do Sul com hostilidade. Com o episódio das “joias da coroa”, a situação tende a piorar.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
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